Felipe Sarmento: uma trajetória pelas investidas contra a advocacia e mudanças de estado

O advogado Felipe Sarmento, candidato ao Conselho Federal pela Chapa 1, volta a ser tema nas eleições da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), mas não pelos valores que a classe espera de seus representantes. Conhecido por sua busca incessante por espaços nas diretorias das seccionais, Sarmento retornou a Alagoas após abandonar sua candidatura no Amapá. O motivo? Uma derrota que já era iminente e que se concretizou na eleição de ontem naquela seccional.

A prática de mudar de estado para evitar derrotas eleitorais não é novidade para o advogado. Em 2021, Sarmento percorreu o caminho inverso, saindo de Alagoas para tentar viabilizar uma candidatura ao lado de Fernanda Marinela, prevendo o fracasso no cenário local. Agora, ao retornar para Alagoas como parte da Chapa 1, liderada por Vagner Paes, a advocacia alagoana se pergunta: seria este mais um movimento oportunista ou uma demonstração de incapacidade de se firmar politicamente em qualquer lugar?

A candidatura de Sarmento e sua aliança com Vagner Paes têm gerado desconfiança entre advogados e advogadas que clamam por uma gestão comprometida com os interesses reais da classe. Muitos enxergam nele uma figura que representa o que há de mais arcaico nas disputas eleitorais da OAB: o uso da instituição para fins pessoais e a repetição de práticas distantes das necessidades da advocacia.

Com a votação acontecendo hoje, a advocacia alagoana tem em mãos a oportunidade de romper com esses ciclos e dizer “não” a posturas que colocam interesses individuais acima das demandas da classe. A união de Sarmento e Vagner Paes simboliza o que muitos consideram um retrocesso, mas o resultado dependerá do voto consciente dos advogados e advogadas de Alagoas.

Será que Felipe Sarmento e Vagner Paes encontrarão apoio suficiente para perpetuar esse modelo, ou será este o momento de a advocacia alagoana optar pela renovação e por uma gestão que verdadeiramente represente os interesses da classe? A resposta está nas urnas, e a advocacia tem a chance de fazer história hoje.

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