O Encontro da Criatividade: As Obras de Diana Potter na Galeria Ligia Testa

Nascida na Inglaterra, onde teve seu primeiro contato com as artes plásticas através de sua mãe, uma renomada pintora londrina, foi no Brasil que Diana Potter encontrou o ambiente propício para a plena exploração de suas possibilidades artísticas. Uma jornada que a levou da inspiração materna em Londres à consolidação de um estilo único e um legado significativo no cenário artístico brasileiro.

Sua formação na FAAP – Fundação Armando Alvares Penteado, em São Paulo, abriu novos horizontes para Potter. Lá, ela começou a experimentar com materiais inusitados como cimento, solda, ferro e latão, dando vida a obras que exploram o movimento e a emoção, especialmente aquelas inspiradas pela dança e música, elementos que sempre a cativaram.

Um marco em sua trajetória foi 1986, ano em que se naturalizou brasileira. Nesse período, Diana estabeleceu uma pequena fundição inicialmente para uso próprio. Hoje, esse estabelecimento é um ponto de referência para artistas plásticos que buscam fundir suas peças de bronze, consolidando-se como um recurso valioso para a comunidade artística.

Em 1989, a artista aprofundou sua pesquisa na expressão contemporânea, formando um grupo de estudos em seu ateliê. A busca contínua por conhecimento e a troca de experiências a levaram a participar de diversos workshops e exposições, com sua obra sendo apresentada em países como Brasil, Estados Unidos e em toda a Europa.

Para Diana, a arte transcende o mero fazer: “A arte alimenta a necessidade de criatividade aliando o místico ao simbólico”, afirma. Essa filosofia se reflete em suas obras atuais, que podem ser admiradas e adquiridas na Galeria Ligia Testa, em Campinas. Nelas, Potter busca retratar a união entre forma e cor, visando despertar a alma interior e encontrar a harmonia em meio ao caos.

Atualmente, Diana Potter está envolvida em projetos culturais ambiciosos, cujo objetivo é criar um “círculo de vivências mutantes”. Esses projetos visam estimular diversas linguagens através da arte, vista por ela como uma atividade contínua, desvinculada de passado ou presente. Em suas próprias palavras, a arte é “um espelho que leva o outro a uma interação visual e ao mesmo tempo emocional; a união de espírito e forma capaz de nos despertar para nosso ser interior, alimentando a necessidade da criatividade ao aliar o místico ao simbólico”.