Por Fredi Jon
Hoje, 18 de outubro, celebramos o Dia Nacional da Filosofia, ao mesmo tempo em que se comemora o Dia da Televisão. Essa coincidência nos convida a refletir sobre dois mundos aparentemente antagônicos: de um lado, a filosofia, que busca a profundidade do pensamento e a verdade; de outro, a televisão e a mídia em geral, que, muitas vezes, se tornaram instrumentos de manipulação e superficialidade.
A televisão, inicialmente vista como uma ferramenta de educação e informação, se transformou em um poderoso veículo de entretenimento e consumo rápido de informações. Em grande parte, ela tem contribuído para um tipo de “emburrecimento” das massas, onde a reflexão é substituída pela passividade e pela busca incessante por distração. Programas de baixo conteúdo intelectual, notícias sensacionalistas e realities substituem discussões profundas e questionamentos sobre o mundo.
No entanto, a mídia vai além da simples distração; ela também se tornou um espaço de manipulação das opiniões. O jornalismo, que deveria ser uma das principais fontes de informação imparcial e confiável, tem se distanciado cada vez mais de sua missão de buscar a verdade. Em tempos de polarização, muitos veículos de comunicação estão adotando posturas militantes, alinhando-se a ideologias ou interesses específicos e distorcendo os fatos para servir a determinadas narrativas. O resultado é uma perda de credibilidade na informação, com o jornalismo sendo mais visto como um campo de batalha ideológica do que um meio para esclarecer, informar e provocar reflexão.
Essa parcialidade na mídia cria um ambiente no qual a verdade se torna relativa e a confiança na informação se deteriora. A velocidade com que as notícias são consumidas, especialmente nas redes sociais, alimenta um ciclo vicioso de desinformação e descredibilidade. Em vez de promover o pensamento crítico, a mídia frequentemente reforça o que já acreditamos, criando bolhas de opinião que nos isolam ainda mais. O reflexo disso é uma sociedade polarizada, onde a informação não é mais um caminho para o entendimento, mas uma ferramenta de divisão.

A filosofia, nesse contexto, surge como um antídoto. Ela nos ensina a questionar tudo o que nos é apresentado e a refletir profundamente sobre as questões fundamentais da vida. Ao contrário da mídia superficial, que muitas vezes nos oferece soluções prontas e respostas rápidas, a filosofia nos desafia a pensar, a duvidar e a buscar verdades mais complexas e abrangentes. Ela não nos conforta com certezas fáceis, mas nos empodera com a liberdade do pensamento crítico.
Em um mundo onde a mídia tem um poder cada vez maior sobre as nossas opiniões, o papel da filosofia se torna ainda mais relevante. Ela pode ser o farol que nos orienta em meio à escuridão da desinformação e da manipulação. Quando a televisão e os meios de comunicação se tornam um terreno de interesses e opiniões distorcidas, a filosofia nos oferece a clareza necessária para olhar além das narrativas prontas e buscar uma compreensão mais profunda e verdadeira do mundo.
Neste Dia Nacional da Filosofia, é uma oportunidade para refletirmos sobre o impacto da mídia em nossas vidas e como podemos nos libertar das narrativas manipuladas. Que possamos usar a filosofia como ferramenta para questionar, analisar e, acima de tudo, pensar criticamente sobre as informações que consumimos, resgatando o verdadeiro propósito da informação: elevar a mente humana e não dominá-la.
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