Por Fredi Jon No país onde a honestidade virou exceção e a desfaçatez virou norma, é impossível não se perguntar: por que ainda chamamos de Excelentíssimo Senhor Doutor aquele sujeito que mal consegue articular uma frase sem tropeçar no próprio ego — ou em alguma denúncia de corrupção? O protocolo manda, a liturgia exige. Mas o cidadão já não engole. Sim, excelentíssimos. Excelentes no cinismo, talvez. Na arte da dissimulação, do discurso ensaiado no espelho da vaidade. Chamá-los de “doutores” é insultar quem dedicou anos a uma pesquisa séria, quem…
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