A luz do passado e a cegueira do presente

Meu amigo e astrônomo Paulo Duarte costuma lembrar que tudo o que vemos no céu faz parte do passado. A lua, que tantas vezes inspira minhas serenatas, as estrelas que piscam no silêncio da noite e até mesmo o Sol que nos aquece chegam até nós com um atraso. Cada olhar para o firmamento é, na verdade, um mergulho em um tempo que já se foi, um registro luminoso daquilo que já não existe. Essa constatação científica, tão exata quanto poética, abre espaço para uma reflexão necessária: se no céu nada é presente, por que na Terra insistimos em ignorar que também vivemos cercados pelos ecos do passado? A história humana é pródiga em feitos grandiosos, em momentos que abriram caminhos, mas também em tragédias, guerras, autoritarismos e injustiças que ceifaram vidas e valores. O homem, que se orgulha de ser racional, não deveria se permitir esquecer tais marcas. Ainda assim, repete-as com teimosia quase infantil.

Por Fredi Jon Meu amigo e astrônomo Paulo Duarte costuma lembrar que tudo o que vemos no céu faz parte do passado. A lua, que tantas vezes inspira minhas serenatas, as estrelas que piscam no silêncio da noite e até mesmo o Sol que nos aquece chegam até nós com um atraso. Cada olhar para o firmamento é, na verdade, um mergulho em um tempo que já se foi, um registro luminoso daquilo que já não existe. Essa constatação científica, tão exata quanto poética, abre espaço para uma reflexão necessária:…

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